segunda-feira, 23 de junho de 2014

GIBI: A ALFABETIZAÇÃO DIVERTIDA


Durante muito tempo as chamadas Histórias em Quadrinhos, ou HQ como preferem chamar alguns, foi alvo de preconceito, chegando até a ser acusada de perverter seus leitores, mas esse nunca foi, e certamente não será, meu pensamento.
Responsável principal pela minha alfabetização e semente fecunda do gosto pela leitura, as HQ’s sempre tiveram, e tem, um papel importante em minha vida, influenciando inclusive minhas produções literárias, fato facilmente comprovado por aqueles que leram meu livro de estreia TREVAS (2006).
            Em minhas palestras e participações em entrevistas e mesas literárias sempre defendo esse tipo de literatura como a melhor forma de alfabetizar os pequeninos de forma divertida e despertar o gosto pela leitura.
            Alguns “entendidos” sempre me questionam sobre a eficácia de tal “literatura”, alegando que tal mecanismo não possui “conteúdo didático” necessário para educar. Minha resposta a esses “desentendidos” é: Deem gibis para seus filhos e comprovem sua eficácia.” Para esses a mensagem mais adequada é; “Revejam seus conceitos!”
Não sou um “Especialista”, mas tenho grande interesse pela educação, acreditando profundamente que ela é, e será, o alicerce das melhorias que nosso país tanto necessita, quer na forma comportamental de nosso povo, quer no conhecimento e especialização profissional. A educação á a massa que utilizaremos para assentar os tijolos de tais estruturas, ampliando e qualificando nossa gente em todas as áreas do conhecimento e, até, na participação política de forma civilizada e eficaz (esqueçam a aberração chamada BlackBlock). Com ela formaremos cidadãos mais conscientes e eficazes, não sendo necessário que um pai vá até uma manifestação retirar o próprio filho, que decididamente não tem a correta noção do que está fazendo.
            É óbvio que existem outras variáveis no processo educativo que nosso país também tem carência, tais como a estrutura familiar, a distribuição de renda, a saúde e tantas outras, mas, no meu ponto de vista, a educação é o ingrediente principal para que iniciemos uma melhoria substancial em todos os demais. Formar pessoas conscientes e que saibam agir para mudar o que está errado, através de instrumentos legítimos e legais, é a função primordial dos três alicerces que se apoiam uma sociedade: A Família, A escola e a Religião.
            Se a Educação é tão importante, então por que não começar com o pé direito? Porque não incentivar o interesse dos pequeninos em aprender, instinto natural nas crianças? Como fazê-lo?
            A resposta é simples! Aproximemo-nos deles através de algo que eles gostem; as histórias. Para isso, nada mais estimulantes do que as Histórias em Quadrinhos, com seus personagens carismáticos e próximos aos pequeninos. Que criança não gostaria de ter como professor a Mônica, o Cascão, a Magali e o Cebolinha?
            A mistura de imagens com a escrita, relacionando um ao outro, assemelha-se muito aos livros infantis, com a diferença de ter uma sequencia de imagens muito mais “detalhada”, com personagens e situações do cotidiano que conquistam a molecada.
            Hoje, os gibis não ficam restritos ao público infantil. As chamadas Graphic Novel são destinadas ao público adulto e tratam, muitas vezes, de assuntos sérios e polêmicos, mas de uma forma divertida.
            Na edição de nº 205, publicada em Maio/2014, a Revista Educação tratou tal tema com maestria na matéria intitulada “Gibi na Alfabetização”, a qual recomendo a leitura na integra e disponibilizo o acesso através do link no final desta postagem.
            Por tudo que relatei acima, e vivenciei em minha vida, reservo-me o direito de classificar as HQ’s como literatura, afirmando sem chances de errar, de que elas são a mais importante forma de formar e preservar o habito daqueles que mantém a literatura tradicional viva: os leitores. Existem diversas matérias e experimentos sobre o assunto relatados na internet. Leia, pesquise e forme sua própria opinião sobre o papel desse maravilhoso instrumento de diversão e alfabetização que torna o ingresso na educação algo divertido, fazendo isso perdurar, por muitas vezes, por toda a vida.
 
J. Modesto
 
 
 

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