segunda-feira, 30 de junho de 2014

CUSCUZ PAULISTA DE CAMARÃO


Vamos inaugurar aqui uma seção destinada a um dos meus hobbys, a culinária. Não sou nenhum mestre cuca, mas gosto de fazer meus pequenos "feitiços gastronômicos", então resolvi abrir um espaço para falar sobre culinária e passar algumas receitas que já testei. Neste mês de festas juninas, segue a receita de um saboroso CUSCUZ PAULISTA.


INGREDIENTES

- 1/2 xícara (Chá) de óleo
- 1/2 xicara (chá) de azeite
- 1 colher (Chá) de alho granulado
- 1 colher (Sopa) de cebola granulada
- 520 g de purê de tomate
- 1 colher (café) de molho de pimenta
- 1 colher (café) de folha de louro
- 2 1/2 xicaras (chá) de água
- 1 colher (sopa) de sal moído iodado
- 1 colher (sopa) de cebolinha verde desidratada
- 500 g de camarão pequeno limpo
- 1 lata de ervilhas verdes
- 3 xicaras (chá) de farinha de milho amarela


MODO DE PREPARAR

      Aqueça o óleo e o azeite e refogue o alho e a cebola que foram hidratados com duas colheres de sopa de água.
      Acrescente o purê de tomate, o molho de pimenta, o louro, a água, o sal, a cebolinha e apure o molho por 15 minutos, com a panela tampada.
      Junte os camarões e cozinhe mais 10 minutos. Se a água secar, acrescente mais um pouco.
     Acrescente as ervilhas e a farinha de milho amarela e cozinhe por alguns minutos em fogo baixo, mexendo para que todos os ingredientes se misturem bem.  massa não pode ficar seca: para o cuscuz ficar saboroso ela deve ficar úmida.
     Umedeça uma forma tipo pudim ou outro molde de sua escolha, e decore a parte do fundo com camarões ou rodelas de ovo cozido se desejar, completando com ervilha.
     Nas laterais coloque tiras de pimentão e intercale entre as tiras com fatias de ovos cozidos. Aos poucos preencha a forma com a massa de cuscuz, pressionando levemente para que ela fique compacta. Leve ao forno por mais 3 minutos e desenforme. Sirva quente ou frio.
 
 
SUGESTÃO
 
      Assim que você dominar a recita acima, pode começar a fazer algumas experiências, trocando ingredientes. Por exemplo, troque o camarão por sardinha e terá um Cuscuz Paulista de Sardinha. Acrescente milho, tomate ou o que mais desejas, tornando seu prato bem mais saboroso para o seu gosto e de seus amigos. A massa é igual para todos.
 
Bom Apetite!!!

segunda-feira, 23 de junho de 2014

GIBI: A ALFABETIZAÇÃO DIVERTIDA


Durante muito tempo as chamadas Histórias em Quadrinhos, ou HQ como preferem chamar alguns, foi alvo de preconceito, chegando até a ser acusada de perverter seus leitores, mas esse nunca foi, e certamente não será, meu pensamento.
Responsável principal pela minha alfabetização e semente fecunda do gosto pela leitura, as HQ’s sempre tiveram, e tem, um papel importante em minha vida, influenciando inclusive minhas produções literárias, fato facilmente comprovado por aqueles que leram meu livro de estreia TREVAS (2006).
            Em minhas palestras e participações em entrevistas e mesas literárias sempre defendo esse tipo de literatura como a melhor forma de alfabetizar os pequeninos de forma divertida e despertar o gosto pela leitura.
            Alguns “entendidos” sempre me questionam sobre a eficácia de tal “literatura”, alegando que tal mecanismo não possui “conteúdo didático” necessário para educar. Minha resposta a esses “desentendidos” é: Deem gibis para seus filhos e comprovem sua eficácia.” Para esses a mensagem mais adequada é; “Revejam seus conceitos!”
Não sou um “Especialista”, mas tenho grande interesse pela educação, acreditando profundamente que ela é, e será, o alicerce das melhorias que nosso país tanto necessita, quer na forma comportamental de nosso povo, quer no conhecimento e especialização profissional. A educação á a massa que utilizaremos para assentar os tijolos de tais estruturas, ampliando e qualificando nossa gente em todas as áreas do conhecimento e, até, na participação política de forma civilizada e eficaz (esqueçam a aberração chamada BlackBlock). Com ela formaremos cidadãos mais conscientes e eficazes, não sendo necessário que um pai vá até uma manifestação retirar o próprio filho, que decididamente não tem a correta noção do que está fazendo.
            É óbvio que existem outras variáveis no processo educativo que nosso país também tem carência, tais como a estrutura familiar, a distribuição de renda, a saúde e tantas outras, mas, no meu ponto de vista, a educação é o ingrediente principal para que iniciemos uma melhoria substancial em todos os demais. Formar pessoas conscientes e que saibam agir para mudar o que está errado, através de instrumentos legítimos e legais, é a função primordial dos três alicerces que se apoiam uma sociedade: A Família, A escola e a Religião.
            Se a Educação é tão importante, então por que não começar com o pé direito? Porque não incentivar o interesse dos pequeninos em aprender, instinto natural nas crianças? Como fazê-lo?
            A resposta é simples! Aproximemo-nos deles através de algo que eles gostem; as histórias. Para isso, nada mais estimulantes do que as Histórias em Quadrinhos, com seus personagens carismáticos e próximos aos pequeninos. Que criança não gostaria de ter como professor a Mônica, o Cascão, a Magali e o Cebolinha?
            A mistura de imagens com a escrita, relacionando um ao outro, assemelha-se muito aos livros infantis, com a diferença de ter uma sequencia de imagens muito mais “detalhada”, com personagens e situações do cotidiano que conquistam a molecada.
            Hoje, os gibis não ficam restritos ao público infantil. As chamadas Graphic Novel são destinadas ao público adulto e tratam, muitas vezes, de assuntos sérios e polêmicos, mas de uma forma divertida.
            Na edição de nº 205, publicada em Maio/2014, a Revista Educação tratou tal tema com maestria na matéria intitulada “Gibi na Alfabetização”, a qual recomendo a leitura na integra e disponibilizo o acesso através do link no final desta postagem.
            Por tudo que relatei acima, e vivenciei em minha vida, reservo-me o direito de classificar as HQ’s como literatura, afirmando sem chances de errar, de que elas são a mais importante forma de formar e preservar o habito daqueles que mantém a literatura tradicional viva: os leitores. Existem diversas matérias e experimentos sobre o assunto relatados na internet. Leia, pesquise e forme sua própria opinião sobre o papel desse maravilhoso instrumento de diversão e alfabetização que torna o ingresso na educação algo divertido, fazendo isso perdurar, por muitas vezes, por toda a vida.
 
J. Modesto
 
 
 

segunda-feira, 16 de junho de 2014

MALÉVOLA OU BENÉVOLA?

 
Sendo um escritor de Literatura Fantástica, mas precisamente do gênero horror/terror, é inevitável que me interesse e me aprofunde nos chamados “Contos de Fadas”. Atualmente destinado a entreter e “educar” o público infantil, tais narrativas foram concebidas com outro objetivo. Contos como Chapeuzinho Vermelho, que nada mais era uma história de terror envolvendo um lobisomem, tornaram-se instrumentos para “conter os pequeninos”. Histórias hoje contadas as nossas meninas, envolvendo príncipes e princesas, que sempre se defrontam com um final feliz, e que na sua origem eram bem diferentes. É o caso d’A Bela Adormecida, onde se baseia o filme MALÉVOLA, com Angelina Jolie no papel da Bruxa-Fada.

Confesso que foi assistir ao filme muito mais pela bela atriz do que pela película propriamente dita, uma vez que já havia experimentado as versões desastradas de recontar outros contos, tais como o da Branca de Neve (Branca de Neve e o Caçador) e Chapeuzinho Vermelho (A Garota do Capuz Vermelho), ambas muito ruins. Contudo devo confessar que a tarefa de recontar a história de Aurora foi muito bem feita, reforçando a mensagem de que não devemos julgar o livro pela capa.

A história tem todos os elementos que consagraram o Conto de Fadas (maldição da vilã, dedo espetado, sono da princesa, beijo salvador, etc.), mas a nova visão dada à vilã, que empresta o nome ao filme, é, no mínimo, inusitada e imprevista, principalmente para os mais desavisados.

Pesquisando um pouco sobre o filme e sua produção, descobri que o orçamento chegou aos US$ 200 milhões, o que foi bem utilizado nas imagens computadorizadas dos seres fantásticos, fadas, um dragão enorme e todos os outros efeitos que presenciei na versão 3D. Tais efeitos especiais são fantásticos, apesar de lembrarem vagamente outros bookbusters de igual envergadura, tais como Oz, Mágico e Poderoso, Avatar e Alice no País das Maravilhas.

Outro ponto positivo no filme é o roteiro bem amarrado, apesar de ter me causado certa dificuldade em acreditar no “amor da primeira vista” entre o príncipe e a princesa. Quanto a Malévola, a narrativa constrói o personagem de forma tão perfeita que leva o espectador a torcer pela vilã, pois nem é preciso dizer que MALÉVOLA não é má - ela nasceu uma fada pura e alegre, que teve seu amor traído por um humano mesquinho, e que mais tarde se tornaria rei (o pai de Aurora). Diferente do que imaginava até então, descobri que “Malévola” não era um adjetivo pejorativo, mas sim o nome próprio da protagonista do filme.

No que diz respeito ao elenco, é difícil prestar atenção em qualquer outro nome do que Angelina Jolie. A atriz, e produtora, está muito bem no papel da feiticeira, transitando com facilidade pelas diversas facetas de Malévola. A estrela é tão boa em artes dramáticas que consegue levar a personagem da ironia e vilania para o amor incondicional por Aurora.

E por falar em Aurora, a atriz que interpreta a princesa se esforça para dar à personagem incipiente, onde os melhores momentos da personagem são quando ainda é bebê e sorri para a feiticeira, que a chama de praga.

Tal como o coringa de Heath Ledger, em Batman – O Cavaleiro das Trevas, não é difícil se simpatizar com Malévola e, como já disse anteriormente, torcer por ela.

 

sábado, 14 de junho de 2014

ENTREVISTA NO JORNAL "O LIBERAL"


No dia 03 de junho de 2014, o jornal "O LIBERAL" publicou uma entrevista minha, onde falo de meu livro JOELMA – ANTES DA ESCURIDÃO e de alguns outros assuntos. Confira no link abaixo a matéria na integra.
 

J. Modesto

quinta-feira, 12 de junho de 2014

O LEITOR DA VIDA

 
Ao inaugurar mais este canal de contato com os fãs, leitores e publico em geral, me vi frente a frente com um dilema: sobre o que escrever? Não me pareceu muito bom cair na mesmice e falar dos objetivos do Blog e suas outras características, pois acredito que isso é algo explicito para quem aqui vem. Isto posto, a tarefa se concentrou no “o que escrever?”

Depois de muito pensar e relembrar todas as experiências vividas por mim desde que tive o primeiro contato com a literatura, deparei-me com algo de grande importância, que mereceria ocupar o espaço inaugural de meu novo Blog, o LEITOR. Então acabei por optar em relatar neste texto, que tem como objetivo apenas iniciar uma reflexão, sobre quem é esse maravilhoso personagem. Colocadas os princípios que nortearam minha decisão por tal tema, vamos direto ao cerne da questão.

Muitos dirão que o leitor nasce quando adquire a compreensão da língua e passa a conseguir decifrar a sonoridade e significado das palavras, fazendo correlações entre elas com suas experiências e conhecimentos, ou seja, quando começa a ser alfabetizado. Confesso que durante minha adolescência, de por muitos anos depois, também pensei assim, até compreender que a literatura vai muito mais além do que a chamada “escrita”.

Conforme fui me aprofundando no mundo literário, participando e ministrando palestras, autografando, conversando com fãs, com o público, com outros autores, com editores, livreiros, e tantas outras pessoas, as quais me agregaram conhecimentos impares, cheguei à conclusão de que o leitor nasce muito antes do alfabetizar. Há casos em que o leitor nasce antes até do nascer do corpo físico.

Antes do nascer físico? Como assim?, pode perguntar um dos que agora leem estas poucas linhas reflexivas. E a resposta que tenho a dar é simples.

Durante a gestação é comum os pais “conversarem” com seu filho por nascer, o que muitas vezes provoca algum tipo de reação do feto. Segundos estudos psicanalíticos realizados com gestantes, observou-se que, sob intensa angústia, alegria, sofrimento, felicidade, ou qualquer outro tipo de emoção vivida pela mãe, o feto “lê” e “interpreta”, gerando determinada reação, ou seja, se comunicando através de sua “linguagem limitada”. Não podemos negar que, num sentido mais amplo do termo “leitor”, o feto nada mais desta fazendo do que “ler” a mensagem passada pela mãe ou fatos externos.

Mas nesse caso o feto está apenas reagindo a um estímulo, pode um de vocês argumentar. Isso nos leva a refletir sobre o que é um estímulo. Segundo o dicionário, estímulo é aquilo que estimula. Incentivo, impulso, qualquer coisa que excita a exercer certa atividade, física ou mental.

Numa relação livro/leitor, entendo que o estímulo é o conteúdo do livro, que incentiva ao leitor de forma mental, fazendo-o se utilizar de sua imaginação, despertando-lhe sentimentos diversos, tais como medo, tristeza, alegria, saudade ou raiva. O livro físico é o meio pelo qual transita tal estímulo, é o condutor, que na analogia com a relação mãe/feto, é a gravida que carreta o filho em seu ventre. O Leitor é o receptor da informação trazida pelo livro, ou seja, o estímulo, que certamente reagirá de forma diversa, respondendo a esse estímulo. Aqui o leitor equipara-se ao feto. Então, no racional acima, podemos dizer que o feto é sim um leitor.

Mas sigamos em frente. Nos primeiros meses de vida, o agora bebê passa a “ler” tudo que o cerca, e tal qual a fase de feto, reage de formas variáveis, buscando estabelecer contato. Aqui também ele é um leitor. Isso se estenderá por toda a sua vida, se intensificando durante a sua fase de alfabetização.

É na fase de alfabetização que desenvolvemos nosso papel de leitor na concepção mais usualmente utilizada: aquele que lê livros, textos ou outras formas de escrita. Mas lembre-se, o termo “leitor” tem um significado e uma abrangência muito mais ampla do que esta, como já expus acima.

Tal qual existem autores de livros que são analfabetos, também existem leitores que não são alfabetizados, são cegos ou não possuem qualquer um dos outros sentidos. Ler é sentir. Ler é interagir, ler é comunicar, ler é trocar experiências e conhecimentos. Ler é vida, logo, ser leitor é estar vivo.

Então, viva com alegria, com intensidade. Leia o sorriso de seu amigo, o gesto de amizade, o amor de sua mãe, o afeto de seu irmão e nos momentos quem que dispuser leia livros, pois eles lhe ajudarão a intensificar todas as suas demais leituras, transformando-o num LEITOR DA VIDA.

Junho de 2014.

J. Modesto