domingo, 12 de outubro de 2014

CLUBE DE LEITURA COM J. MODESTO


 

Aconteceu no dia 09/10/2014 o 1º Clube de Leitura LIVRUS. Diferente dos clubes de leitura originais, a clube patrocinado pela Livrus Negocios Editoriais apresenta um formato que mescla palestra, bate-papo e clube de leitura. Baseado num determinado tema, o evento apresenta a exposição de livros e vídeos linkados nos livros. Apresentado por J. Modesto, a primeira versão do clube de leitura se iniciou com um bate-papo descontraído, onde o autor e os participantes procuraram encontrar uma definição comum para os termos “Realidade” e “Ficção”. Em seguida, passou-se a discutir dois livros que tinham como base fatos reais. Eram eles O HORROR EM AMITYVILLE, do autor estadunidense Jay Anson, falecido em 1980, e JOELMA, ANTES DA ESCURIDÃO, do autor J. Modesto. Em meio a relato de fatos ocorridos e exposição de técnicas utilizadas na elaboração dos livros, os participantes puderam tirar suas dúvidas e matar a curiosidade.

No final, J. Modesto sorteio brindes fornecidos por um dos patrocinadores e exibiu um pequeno vídeo para que todos pudessem “dormir tranquilamente”. O evento contou com a presença de outros autores, editores e outros profissionais da área, além do publico em geral. 
Ednei Procópio - Editor Livrus
   Segundo Ednei Procópio, editor da LIVRUS, o 2º Clube de Leitura LIVRUS está garantido. Resta apenas saber qual será o tema abordado e qual autor irá participar. Vamos aguardar.




domingo, 24 de agosto de 2014

J. MODESTO NO LIVROS EM PAUTA 2014

 
J. Modesto participou do 4º Livros em Pauta, realizado no dia 09/08/2014, ministrando a palestra "Como Criar Narrativas Fictícias Utilizando Fatos Reais". Na ocasião, o autor falou sobre sua técnica de escrita e experiências no Mercado Editorial, respondendo diversas perguntas dos presentes. No final foram sorteados brindes fornecidos pelos patrocinadores do autor.

segunda-feira, 7 de julho de 2014

DISCUTINDO ÉTICA

Há alguns dias atrás, me deparei com uma situação que me fez questionar o que era certo e o que era errado e me vi num dilema: eu não sabia. Então resolvi me aprofundar em algumas questões.
Em tempos de copa do mundo, onde o amor pela pátria aflora, sendo acompanhado de o cantar do Hino Nacional com fervor e manifestações com o pressuposto objetivo de reivindicar direitos, mas exibe violência e vandalismo, acabei me questionando sobre o que é ser cidadão. Descobri que a busca pela cidadania não é uma tarefa fácil.
Com o intuito de dividir com vocês o que aprendi, e venho aprendendo constantemente, lanço aqui um tema que compõe o ser cidadão, e que com outros conceitos, que colocados em pratica, nos tornarão melhores moral e espiritualmente. É nisso que acredito. Então, falaremos aqui sobre Ética.
            Ética é o nome dado ao ramo da Filosofia dedicado aos assuntos morais. A palavra ética é derivada do grego, e significa aquilo que pertence ao caráter. Num sentido menos filosófico e mais prático podemos compreender um pouco melhor esse conceito examinando certas condutas do nosso dia a dia, quando nos referimos por exemplo, ao comportamento de alguns profissionais tais como um médico, jornalista, advogado ou até mesmo um político.
A ética pode ser confundida com lei, a qual toma como base princípios éticos. Mas diferente das Leis, as normas éticas não podem ser impostas pelo Estado ou por outros indivíduos no que ser refere ao seu cumprimento, nem sofrer qualquer tipo de sanção pela desobediência a elas.
A ética abrange uma vasta área, podendo ser aplicada ao trabalho, a vida pública e familiar. Existem códigos de ética profissional, que indicam como um indivíduo deve se comportar no âmbito da sua profissão. A ética e a cidadania são dois dos conceitos que constituem a base de uma sociedade próspera.
Outro tema intimamente ligado a ética, mas precisamente no que se refere a obediência a normas, costumes ou mandamentos culturais, hierárquicos ou religiosos é a Moral. Reforço que a Moral está ligada a ética, mas é diferente, pois a ética busca fundamentar o modo de viver pelo pensamento humano.
Na filosofia, a ética não se resume à moral, que geralmente é entendida como costume, ou hábito, mas busca a fundamentação teórica para encontrar o melhor modo de viver; a busca do melhor estilo de vida. A ética abrange diversos campos, como antropologia, psicologia, sociologia, economia, pedagogia, política, e até mesmo educação física e dietética.
O tema da ética no serviço público está diretamente relacionada com a conduta dos funcionários que ocupam cargos públicos. Tais indivíduos devem agir conforme um padrão ético, exibindo valores morais como a boa fé e outros princípios necessários para uma vida saudável no seio da sociedade.
Quando uma pessoa é eleita para um cargo público, a sociedade deposita nela confiança, e espera que ela cumpra um padrão ético. Assim, essa pessoa deve estar ao nível dessa confiança e exercer a sua função seguindo determinados valores, princípios, ideais e regras.
Um profissional que desempenha uma função pública deve ser capaz de pensar de forma estratégica, inovar, cooperar, aprender e desaprender quando necessário, elaborar formas mais eficazes de trabalho. Infelizmente os casos de corrupção no âmbito do serviço público são fruto de profissionais que não trabalham de forma ética. Isso não significa que ele não tem ética. Todos possuem ética, mas nos casos dos corruptos, tal ética é diferente da considerada aceitável socialmente. Quem já não ouviu falar da ética entre ladrões, ética do presídio e tantas outras?
O livro intitulado "Ética a Nicômaco" é da autoria de Aristóteles e foi dedicado ao seu pai, cujo nome era Nicômaco. Esta é a principal obra de Aristóteles sobre Ética e é constituída por dez livros, onde Aristóteles é como um pai que está preocupado com a educação e felicidade do seu filho, mas também tem por objetivo fazer com que as pessoas pensem sobre as suas ações, colocando assim a razão acima das paixões, procurando a felicidade individual e coletiva, porque o ser humano vive em sociedade e as suas atitudes devem ter em vista o bem comum. Nas obras aristotélicas, a ética é vista como parte da política que precede a própria política, e está relacionada com o indivíduo, enquanto que a política retrata o homem na sua vertente social.
Para Aristóteles, toda a racionalidade prática visa um fim ou um bem e a ética tem como propósito estabelecer a finalidade suprema que está acima e justifica todas as outras, e qual a maneira de alcançá-la. Essa finalidade suprema é a felicidade, e não se trata dos prazeres, riquezas, honras, e sim de uma vida virtuosa, sendo que essa virtude se encontra entre os extremos e só é alcançada por alguém que demonstre prudência. Esta obra foi muito importante para a história da filosofia, uma vez que foi o primeiro tratado sobre o agir humano da história.
O professor Clóvis de Barros Filho, professor de Ética na Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, Pesquisador e Consultor em Ética da UNESCO, tem vários livros e vídeos sobre o assunto.
Abaixo segue link para um dos vídeos em que o Professor Clóvis fala aos alunos grevistas da ECA. A discussão gira em torno do caráter dialético da ética, isto é, da necessidade de conversarmos e de, juntos, chegarmos às regras de nossa convivência. O vídeo tem pouco menos de 1h30 de duração, e que trás maiores informações do que a leve pincelada que trago neste humilde texto sobre tão complexo assunto.

J. Modesto

domingo, 6 de julho de 2014

SITES E BLOGS LITERÁRIOS - QUAIS OS MELHORES?

 
      Recentemente tive a necessidade de me inteirar sobre o que outros pensavam sobre a atual Literatura no Brasil. Não me refiro aos grandes medalhões como Machado de Assis ou José de Alencar. Refiro-me a Literatura produzida pelos novos autores, aqueles que vem surgindo e que, vez ou outra, são mencionados por alguém famoso como um dos seus preferidos, mas sem tornar-se um medalhão. E como fazer isso?
       A primeira resposta que me veio a mente foi Internet, mas precisamente o Google. Isto posto, debrucei-me sobre o notebook, visitando diversos sites e Blogs, atrás de respostas. Devo confessar que encontrei muita porcaria, especialmente nos Blogs, me deparando com verdadeiros indícios de falta de profissionalismo, desrespeito aos autores e leitores, opiniões dadas sem qualquer embasamento racional e caçadores de livros grátis, que se vendem como críticos, mas jamais fazem qualquer analise das obras apresentadas, tendo como único objetivo ganhar o livro de forma gratuita das editoras.
       Mas nem tudo está perdido. Entre as trevas existe a luz e isso também acontece no mundo cibernético. Existe aqueles que, mesmo não sendo profissionais do ramo - e não estou dizendo que para ser bom tem que ser profissional, pois os piores são aqueles que se vendem como "entendido" por estar no ramo a "n" anos e não fazer nada a não ser construir sua carreira através de deboche, criticas pessoais e desencorajamento - trabalham com esmero, produzindo textos e resenhas de muito boa qualidade.
       Ser critico é analisar o trabalho de outro com cuidado, apresentando os pontos fortes e os que precisam melhorar. é bem verdade que nos dias de hoje nos deparamos que escritores que mal sabem escrever, mas isso não impede que eles tenham capacidade para nos brindar com fantásticas histórica. O que se precisa, nesses casos, é de encorajamento para que o mesmo se prepare para a carreira que irá abraçar. Isso não serve somente para os escritores, mas para todo e qualquer profissional. Ter amor no que faz não basta, é preciso se preparar e se aperfeiçoar, mesmo que isso seja algo despretensioso, como um blog por exemplo.
       Mas onde encontramos os Sites e Blogs de boa qualidade? Essa é uma boa pergunta, e também de difícil resposta. O que é bom para mim pode não o sê-lo para vocês, mas certamente algumas características sempre estarão presentes naqueles textos que possuem conteúdo, sendo reconhecidos por entidades de renome como referencia no assunto.
       No caso dos Blogs, por exemplo, a característica principal é trazer bons artigos relacionados a sua área de atuação. De forma geral, tais espaços não oferece uma grande variedade de assuntos ou conteúdos, mas compensam tal coisa com a qualidade de seus textos, trazendo leituras complementares e mais específicas, bibliografia e links de qualidade para que seu leitor possa se aprofundar no assunto, se assim o desejar.
       Dentre as instituições confiáveis, destaco a InfoEnem, que periodicamente apresenta os 10 melhores Sites e Blogs da Literatura Brasileira. Tenho certeza que você irá discordar de um ou outro, tal como eu, mas no geral, é uma boa referencia para você começar a eleger seus próprios 10 mais.
        Abaixo segue os que considero os 10 melhores Blogs e Sites de Literatura Brasileira e que consulto periodicamente.
 
5 - www.literaturadecabeca.com.br
6 - www.brasilescola.com/literatura
8 - www.literaturabrasileira.ufsc.br
9 - www.sitedeliteratura.com
 
J. Modesto

 

 

segunda-feira, 30 de junho de 2014

CUSCUZ PAULISTA DE CAMARÃO


Vamos inaugurar aqui uma seção destinada a um dos meus hobbys, a culinária. Não sou nenhum mestre cuca, mas gosto de fazer meus pequenos "feitiços gastronômicos", então resolvi abrir um espaço para falar sobre culinária e passar algumas receitas que já testei. Neste mês de festas juninas, segue a receita de um saboroso CUSCUZ PAULISTA.


INGREDIENTES

- 1/2 xícara (Chá) de óleo
- 1/2 xicara (chá) de azeite
- 1 colher (Chá) de alho granulado
- 1 colher (Sopa) de cebola granulada
- 520 g de purê de tomate
- 1 colher (café) de molho de pimenta
- 1 colher (café) de folha de louro
- 2 1/2 xicaras (chá) de água
- 1 colher (sopa) de sal moído iodado
- 1 colher (sopa) de cebolinha verde desidratada
- 500 g de camarão pequeno limpo
- 1 lata de ervilhas verdes
- 3 xicaras (chá) de farinha de milho amarela


MODO DE PREPARAR

      Aqueça o óleo e o azeite e refogue o alho e a cebola que foram hidratados com duas colheres de sopa de água.
      Acrescente o purê de tomate, o molho de pimenta, o louro, a água, o sal, a cebolinha e apure o molho por 15 minutos, com a panela tampada.
      Junte os camarões e cozinhe mais 10 minutos. Se a água secar, acrescente mais um pouco.
     Acrescente as ervilhas e a farinha de milho amarela e cozinhe por alguns minutos em fogo baixo, mexendo para que todos os ingredientes se misturem bem.  massa não pode ficar seca: para o cuscuz ficar saboroso ela deve ficar úmida.
     Umedeça uma forma tipo pudim ou outro molde de sua escolha, e decore a parte do fundo com camarões ou rodelas de ovo cozido se desejar, completando com ervilha.
     Nas laterais coloque tiras de pimentão e intercale entre as tiras com fatias de ovos cozidos. Aos poucos preencha a forma com a massa de cuscuz, pressionando levemente para que ela fique compacta. Leve ao forno por mais 3 minutos e desenforme. Sirva quente ou frio.
 
 
SUGESTÃO
 
      Assim que você dominar a recita acima, pode começar a fazer algumas experiências, trocando ingredientes. Por exemplo, troque o camarão por sardinha e terá um Cuscuz Paulista de Sardinha. Acrescente milho, tomate ou o que mais desejas, tornando seu prato bem mais saboroso para o seu gosto e de seus amigos. A massa é igual para todos.
 
Bom Apetite!!!

segunda-feira, 23 de junho de 2014

GIBI: A ALFABETIZAÇÃO DIVERTIDA


Durante muito tempo as chamadas Histórias em Quadrinhos, ou HQ como preferem chamar alguns, foi alvo de preconceito, chegando até a ser acusada de perverter seus leitores, mas esse nunca foi, e certamente não será, meu pensamento.
Responsável principal pela minha alfabetização e semente fecunda do gosto pela leitura, as HQ’s sempre tiveram, e tem, um papel importante em minha vida, influenciando inclusive minhas produções literárias, fato facilmente comprovado por aqueles que leram meu livro de estreia TREVAS (2006).
            Em minhas palestras e participações em entrevistas e mesas literárias sempre defendo esse tipo de literatura como a melhor forma de alfabetizar os pequeninos de forma divertida e despertar o gosto pela leitura.
            Alguns “entendidos” sempre me questionam sobre a eficácia de tal “literatura”, alegando que tal mecanismo não possui “conteúdo didático” necessário para educar. Minha resposta a esses “desentendidos” é: Deem gibis para seus filhos e comprovem sua eficácia.” Para esses a mensagem mais adequada é; “Revejam seus conceitos!”
Não sou um “Especialista”, mas tenho grande interesse pela educação, acreditando profundamente que ela é, e será, o alicerce das melhorias que nosso país tanto necessita, quer na forma comportamental de nosso povo, quer no conhecimento e especialização profissional. A educação á a massa que utilizaremos para assentar os tijolos de tais estruturas, ampliando e qualificando nossa gente em todas as áreas do conhecimento e, até, na participação política de forma civilizada e eficaz (esqueçam a aberração chamada BlackBlock). Com ela formaremos cidadãos mais conscientes e eficazes, não sendo necessário que um pai vá até uma manifestação retirar o próprio filho, que decididamente não tem a correta noção do que está fazendo.
            É óbvio que existem outras variáveis no processo educativo que nosso país também tem carência, tais como a estrutura familiar, a distribuição de renda, a saúde e tantas outras, mas, no meu ponto de vista, a educação é o ingrediente principal para que iniciemos uma melhoria substancial em todos os demais. Formar pessoas conscientes e que saibam agir para mudar o que está errado, através de instrumentos legítimos e legais, é a função primordial dos três alicerces que se apoiam uma sociedade: A Família, A escola e a Religião.
            Se a Educação é tão importante, então por que não começar com o pé direito? Porque não incentivar o interesse dos pequeninos em aprender, instinto natural nas crianças? Como fazê-lo?
            A resposta é simples! Aproximemo-nos deles através de algo que eles gostem; as histórias. Para isso, nada mais estimulantes do que as Histórias em Quadrinhos, com seus personagens carismáticos e próximos aos pequeninos. Que criança não gostaria de ter como professor a Mônica, o Cascão, a Magali e o Cebolinha?
            A mistura de imagens com a escrita, relacionando um ao outro, assemelha-se muito aos livros infantis, com a diferença de ter uma sequencia de imagens muito mais “detalhada”, com personagens e situações do cotidiano que conquistam a molecada.
            Hoje, os gibis não ficam restritos ao público infantil. As chamadas Graphic Novel são destinadas ao público adulto e tratam, muitas vezes, de assuntos sérios e polêmicos, mas de uma forma divertida.
            Na edição de nº 205, publicada em Maio/2014, a Revista Educação tratou tal tema com maestria na matéria intitulada “Gibi na Alfabetização”, a qual recomendo a leitura na integra e disponibilizo o acesso através do link no final desta postagem.
            Por tudo que relatei acima, e vivenciei em minha vida, reservo-me o direito de classificar as HQ’s como literatura, afirmando sem chances de errar, de que elas são a mais importante forma de formar e preservar o habito daqueles que mantém a literatura tradicional viva: os leitores. Existem diversas matérias e experimentos sobre o assunto relatados na internet. Leia, pesquise e forme sua própria opinião sobre o papel desse maravilhoso instrumento de diversão e alfabetização que torna o ingresso na educação algo divertido, fazendo isso perdurar, por muitas vezes, por toda a vida.
 
J. Modesto
 
 
 

segunda-feira, 16 de junho de 2014

MALÉVOLA OU BENÉVOLA?

 
Sendo um escritor de Literatura Fantástica, mas precisamente do gênero horror/terror, é inevitável que me interesse e me aprofunde nos chamados “Contos de Fadas”. Atualmente destinado a entreter e “educar” o público infantil, tais narrativas foram concebidas com outro objetivo. Contos como Chapeuzinho Vermelho, que nada mais era uma história de terror envolvendo um lobisomem, tornaram-se instrumentos para “conter os pequeninos”. Histórias hoje contadas as nossas meninas, envolvendo príncipes e princesas, que sempre se defrontam com um final feliz, e que na sua origem eram bem diferentes. É o caso d’A Bela Adormecida, onde se baseia o filme MALÉVOLA, com Angelina Jolie no papel da Bruxa-Fada.

Confesso que foi assistir ao filme muito mais pela bela atriz do que pela película propriamente dita, uma vez que já havia experimentado as versões desastradas de recontar outros contos, tais como o da Branca de Neve (Branca de Neve e o Caçador) e Chapeuzinho Vermelho (A Garota do Capuz Vermelho), ambas muito ruins. Contudo devo confessar que a tarefa de recontar a história de Aurora foi muito bem feita, reforçando a mensagem de que não devemos julgar o livro pela capa.

A história tem todos os elementos que consagraram o Conto de Fadas (maldição da vilã, dedo espetado, sono da princesa, beijo salvador, etc.), mas a nova visão dada à vilã, que empresta o nome ao filme, é, no mínimo, inusitada e imprevista, principalmente para os mais desavisados.

Pesquisando um pouco sobre o filme e sua produção, descobri que o orçamento chegou aos US$ 200 milhões, o que foi bem utilizado nas imagens computadorizadas dos seres fantásticos, fadas, um dragão enorme e todos os outros efeitos que presenciei na versão 3D. Tais efeitos especiais são fantásticos, apesar de lembrarem vagamente outros bookbusters de igual envergadura, tais como Oz, Mágico e Poderoso, Avatar e Alice no País das Maravilhas.

Outro ponto positivo no filme é o roteiro bem amarrado, apesar de ter me causado certa dificuldade em acreditar no “amor da primeira vista” entre o príncipe e a princesa. Quanto a Malévola, a narrativa constrói o personagem de forma tão perfeita que leva o espectador a torcer pela vilã, pois nem é preciso dizer que MALÉVOLA não é má - ela nasceu uma fada pura e alegre, que teve seu amor traído por um humano mesquinho, e que mais tarde se tornaria rei (o pai de Aurora). Diferente do que imaginava até então, descobri que “Malévola” não era um adjetivo pejorativo, mas sim o nome próprio da protagonista do filme.

No que diz respeito ao elenco, é difícil prestar atenção em qualquer outro nome do que Angelina Jolie. A atriz, e produtora, está muito bem no papel da feiticeira, transitando com facilidade pelas diversas facetas de Malévola. A estrela é tão boa em artes dramáticas que consegue levar a personagem da ironia e vilania para o amor incondicional por Aurora.

E por falar em Aurora, a atriz que interpreta a princesa se esforça para dar à personagem incipiente, onde os melhores momentos da personagem são quando ainda é bebê e sorri para a feiticeira, que a chama de praga.

Tal como o coringa de Heath Ledger, em Batman – O Cavaleiro das Trevas, não é difícil se simpatizar com Malévola e, como já disse anteriormente, torcer por ela.

 

sábado, 14 de junho de 2014

ENTREVISTA NO JORNAL "O LIBERAL"


No dia 03 de junho de 2014, o jornal "O LIBERAL" publicou uma entrevista minha, onde falo de meu livro JOELMA – ANTES DA ESCURIDÃO e de alguns outros assuntos. Confira no link abaixo a matéria na integra.
 

J. Modesto

quinta-feira, 12 de junho de 2014

O LEITOR DA VIDA

 
Ao inaugurar mais este canal de contato com os fãs, leitores e publico em geral, me vi frente a frente com um dilema: sobre o que escrever? Não me pareceu muito bom cair na mesmice e falar dos objetivos do Blog e suas outras características, pois acredito que isso é algo explicito para quem aqui vem. Isto posto, a tarefa se concentrou no “o que escrever?”

Depois de muito pensar e relembrar todas as experiências vividas por mim desde que tive o primeiro contato com a literatura, deparei-me com algo de grande importância, que mereceria ocupar o espaço inaugural de meu novo Blog, o LEITOR. Então acabei por optar em relatar neste texto, que tem como objetivo apenas iniciar uma reflexão, sobre quem é esse maravilhoso personagem. Colocadas os princípios que nortearam minha decisão por tal tema, vamos direto ao cerne da questão.

Muitos dirão que o leitor nasce quando adquire a compreensão da língua e passa a conseguir decifrar a sonoridade e significado das palavras, fazendo correlações entre elas com suas experiências e conhecimentos, ou seja, quando começa a ser alfabetizado. Confesso que durante minha adolescência, de por muitos anos depois, também pensei assim, até compreender que a literatura vai muito mais além do que a chamada “escrita”.

Conforme fui me aprofundando no mundo literário, participando e ministrando palestras, autografando, conversando com fãs, com o público, com outros autores, com editores, livreiros, e tantas outras pessoas, as quais me agregaram conhecimentos impares, cheguei à conclusão de que o leitor nasce muito antes do alfabetizar. Há casos em que o leitor nasce antes até do nascer do corpo físico.

Antes do nascer físico? Como assim?, pode perguntar um dos que agora leem estas poucas linhas reflexivas. E a resposta que tenho a dar é simples.

Durante a gestação é comum os pais “conversarem” com seu filho por nascer, o que muitas vezes provoca algum tipo de reação do feto. Segundos estudos psicanalíticos realizados com gestantes, observou-se que, sob intensa angústia, alegria, sofrimento, felicidade, ou qualquer outro tipo de emoção vivida pela mãe, o feto “lê” e “interpreta”, gerando determinada reação, ou seja, se comunicando através de sua “linguagem limitada”. Não podemos negar que, num sentido mais amplo do termo “leitor”, o feto nada mais desta fazendo do que “ler” a mensagem passada pela mãe ou fatos externos.

Mas nesse caso o feto está apenas reagindo a um estímulo, pode um de vocês argumentar. Isso nos leva a refletir sobre o que é um estímulo. Segundo o dicionário, estímulo é aquilo que estimula. Incentivo, impulso, qualquer coisa que excita a exercer certa atividade, física ou mental.

Numa relação livro/leitor, entendo que o estímulo é o conteúdo do livro, que incentiva ao leitor de forma mental, fazendo-o se utilizar de sua imaginação, despertando-lhe sentimentos diversos, tais como medo, tristeza, alegria, saudade ou raiva. O livro físico é o meio pelo qual transita tal estímulo, é o condutor, que na analogia com a relação mãe/feto, é a gravida que carreta o filho em seu ventre. O Leitor é o receptor da informação trazida pelo livro, ou seja, o estímulo, que certamente reagirá de forma diversa, respondendo a esse estímulo. Aqui o leitor equipara-se ao feto. Então, no racional acima, podemos dizer que o feto é sim um leitor.

Mas sigamos em frente. Nos primeiros meses de vida, o agora bebê passa a “ler” tudo que o cerca, e tal qual a fase de feto, reage de formas variáveis, buscando estabelecer contato. Aqui também ele é um leitor. Isso se estenderá por toda a sua vida, se intensificando durante a sua fase de alfabetização.

É na fase de alfabetização que desenvolvemos nosso papel de leitor na concepção mais usualmente utilizada: aquele que lê livros, textos ou outras formas de escrita. Mas lembre-se, o termo “leitor” tem um significado e uma abrangência muito mais ampla do que esta, como já expus acima.

Tal qual existem autores de livros que são analfabetos, também existem leitores que não são alfabetizados, são cegos ou não possuem qualquer um dos outros sentidos. Ler é sentir. Ler é interagir, ler é comunicar, ler é trocar experiências e conhecimentos. Ler é vida, logo, ser leitor é estar vivo.

Então, viva com alegria, com intensidade. Leia o sorriso de seu amigo, o gesto de amizade, o amor de sua mãe, o afeto de seu irmão e nos momentos quem que dispuser leia livros, pois eles lhe ajudarão a intensificar todas as suas demais leituras, transformando-o num LEITOR DA VIDA.

Junho de 2014.

J. Modesto